quinta-feira, 15 de novembro de 2007

ESTIAGEM

Estiagem

A tempestade quando parou
Deixou na terra uma mágoa,
É uma marca que ficou
Ali, Presa na poça d'água.

E a gente não adivinha
Olhando a água tão turva,
Que a dor de ser sozinha
Ficou na poça sem chuva.

E é uma angústia exiliada
Que faz tudo se comover,
A poça, filha da enxurrada,
Só vê a mãe quando chover.

Marcus Di Philippi

Nenhum comentário: