quinta-feira, 15 de novembro de 2007

HORIZONTE MORTO

Horizonte morto

Tão longe cantam, quando ouço
Sinto-me a música tão tristonha...
Um amor perdido, um calabouço,
E a voz desenha, num esboço,
Alguém que chora, finge e sonha.

E se de tão longe ouço cantar
Não sendo voz o que ouvi...
Se foi somente de o pensar
E se me recordo por lembrar
Que foi então que eu esqueci?

Assim não sei, sequer o tento,
Não sou a música nem o ouvir...
Talvez eu seja o esquecimento
Um amor perdido em um momento
Más que jamais pode existir.

Marcus Di Philippi

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