quinta-feira, 15 de novembro de 2007

AUSENTA-ME

"Palavras tenras nós falamos Um ao outro. São seladas nos cofres secretos do céu.
Um dia, assim como a chuva, elas cairão à terra e crescerão verdes pelo mundo inteiro."
Jelaluddin Rumi (1207-1273)


Ausenta-me

Em minha solidão ausente
Completamente povoada,
Eu não sou apenas gente
Eu sou tudo o que me sente
E afinal não sou nada.

O que sinto não é claro
Nem fácil de o descrever.
Comigo mesmo me deparo
E quase sempre, não raro,
Não sei o que me dizer.

E como um simples arremedo
Do que não sei definir,
Eu em rimas me excedo
Pra esconder o segredo
Que não saberei dividir.

Marcus Di Philippi

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